EDIÇÃO 172 - JANEIRO/FEVEREIRO 2020
Inflação, desaceleração, recessão fazem parte do nosso vocabulário. A entrada do Real conduziu a certa estabilidade, mas o nível de pobreza em nosso país não permite soltar rojões. A realidade social, apesar de menos aviltante, continua motivo de grande preocupação. O nível de desemprego tem se mantido alto. No exterior a crise financeira globalizada atingiu, em cheio, os bancos, mas no Brasil eles foram líderes em lucratividade, segundo o jornal Valor de novembro de 2008.
Estamos, sim, sendo afetados. Devemos tomar precauções. Mas para nós tudo isso repercute de forma diferente, como quem já “assistiu a esse filme antes”.
Ouvimos e vivenciamos histórias reais, cujo protagonista principal é o dinheiro. Quantos relacionamentos são destruídos por causa do vil metal! Amizades são desfeitas, casamentos rompidos e até mortes ocorrem. Assaltos, assassinatos, raptos acontecem cada vez mais, e a motivação continua sendo a posse indevida de bens materiais.
Vários enfoques relativos a dinheiro foram abordados nesta edição. Longe de nós pensar em esgotar tão vasto e polêmico assunto. Não somos donos da verdade, não nos propomos a resolver o problema mundial (bom seria se pudéssemos!). Arrebanhamos, porém, pessoas que juntaram informações e técnicas financeiras com princípios bíblicos, buscando orientações específicas sobre esse tema. O que, então, devemos fazer com essas informações e reflexões?
O servo sóbrio busca conhecer e aplicar a vontade de Deus em seu dia-a-dia. O objetivo do conhecimento bíblico não é somente aumento de informação intelectual. Vidas transformadas, caráter do Pai sendo desenvolvido em seus filhos é o que torna a vida cristã dinâmica, fértil, abençoadora.
Mas... quando não temos dinheiro para gastar, não adianta nem fazer orçamento!
É verdade! Sabemos que esta revista poderá ser até objeto de escândalo para aquelas pessoas que estiverem atravessando o desemprego e suas agruras. Além dos desempregados há os explorados com subempregos e incontáveis casos sociais gravíssimos. Não somos insensíveis a isso. Precisamos ser diligentes com nossa vida. Dar, doar, ofertar precisam ser verbos conjugados pelos cristãos. A alma transformada tem como exemplo a generosidade do Alto. A oferta da viúva pobre nos mostra que o foco, mais do que a quantia, é a atitude do coração.
O mais importante, porém, é a conscientização de que o Senhor é dono de tudo – do nosso pouco ou do nosso muito! Nossa visão do material precisa receber a ótica de Deus. E essa visão do Soberano reinando em cada área de nossa vida já é um preparo para o desfecho escatológico da História, quando todo joelho se dobrará perante Aquele que é Rei absoluto e em cuja presença o material deixará de existir.
IARA VASCONCELLOS
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