

EDIÇÃO 144 - MAIO/JUNHO 2015
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ano 30 | n.º 144
O auge do amor e do romantismo
Jaime Kemp
Quem disse que espírito tem idade?
Marcos Garcia
Viva a vida!
Judith Kemp
A morte e o morrer
Catito
Ah, se aquela Kombi velha falasse!
Ivonildo Teixeira
Temos o direito de abreviar a vida?
Massao Suguihara
Questões divinas: onde estou?
Fernando de Paula
Manifeste graça constantemente em
seu relacionamento
Paulo de Tarso
Netos, alegria na velhice!
Giovani Luís Zimmermann
Relacionamento conjugal nos anos dourados
Alcindo Almeida
Pais superpoderosos
Ana Vasconcelos
Os anos dourados e os prazeres sexuais
Jaime Kemp
Nem solidão, tampouco abandono
José Nogueira
O tema melhor idade é sempre cercado de polêmica, suposições e temores. Há aqueles que vivem a juventude ou a meia-idade e nunca pensam nesse assunto, tragados pela vida contemporânea acelerada e conturbada e, por que não, seus prazeres. Alguns, ao pensar, preocupam-se, sentem receio e tentam preparar-se para o futuro.
Infelizmente, muitas vezes o idoso olha para o futuro com uma expectativa negativa, porém é preciso entender que o problema da velhice não se refere tanto à idade, mas ao cérebro, que aparentemente é afetado por algum tipo de vírus que rejeita o antivírus dos conceitos de Deus.
Há milhões de idosos desmotivados atualmente no mundo, atemorizados por pensamentos negativos que povoam suas mentes e são sugeridos por uma sociedade que defende padrões distorcidos porque, costumeiramente, despreza a sabedoria e a experiência de quem tem muito a oferecer.
É inevitável. Todo ser vivo envelhece. E o que fazer quando isso acontece conosco? Como em cada fase da nossa existência, temos que aprender a nos ajustar e a viver cada dia dentro de nossas limitações. Podemos decidir celebrar a vida em vez de ficar irritados, frustrados e inertes diante da nova realidade. Envelhecer não é uma escolha, mas o modo como reagimos à velhice é.
No salmo 90 lemos que os dias de nossa vida são como o vapor que aparece e, no instante seguinte, evapora. Como a noite que o vigia não percebe passar; como a relva que brota ao amanhecer, mas à tarde murcha e seca. Quase no final do capítulo, o salmista lança um desafio: “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios” (Salmos 90.12). Em outras palavras: “Senhor, ajude-me a reconhecer que este dia que estou vivendo hoje é um presente seu. Ajude-me a utilizá-lo sob as perspectivas dos valores eternos”.
Se você já faz parte do grupo da melhor idade, pergunto: você está se aprimorando a cada ano que passa? Certamente, há momentos em que o medo, a autopiedade, os sentimentos de culpa e de inutilidade assombram. Entretanto, são apenas breves momentos diante do desafio de andar pela fé no Senhor, celebrando, apesar das limitações.
“Senhor, confesso que, quando penso no futuro, sinto medo e ansiedade, mas, mesmo na minha idade, ajude-me a descobrir e realizar tudo o que o Senhor deseja que eu conquiste.”
Celebre a vida!
Jaime Kemp